O vice-presidente do União Brasil, ACM Neto, defendeu nesta quarta-feira (27) que o partido entregue imediatamente todos os cargos que ocupa no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Ele afirmou nunca ter sido favorável à participação da legenda na administração federal e que vai propor uma votação sobre o tema na reunião da executiva nacional do partido, marcada para a próxima terça-feira (2).
A manifestação acontece após Lula cobrar ministros do União Brasil e do Progressistas (PP) por falta de alinhamento político com o governo. A cobrança foi feita durante reunião ministerial, realizada na segunda-feira (26). Segundo relatos, o presidente teria sido direto ao dizer que ministros que não defendem sua gestão “não podem continuar no governo”.
Entre os alvos da fala de Lula estão os ministros Celso Sabino (Turismo), Frederico Siqueira (Comunicações) e Waldez Goés (Integração e Desenvolvimento Regional), todos do União Brasil, além de André Fufuca (Esportes), do PP. A crítica ocorre em meio à aproximação das duas siglas com a oposição, inclusive com tratativas para formar uma federação partidária.
Para ACM Neto, chegou o momento de uma definição clara sobre o posicionamento do União Brasil. “Já passou da hora dessa decisão ser tomada. É por esse motivo que, na condição de membro da executiva, proporei a inclusão na pauta e a votação na próxima semana”, declarou.
Durante a mesma reunião ministerial, Lula também teria citado o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), como provável adversário em 2026, e cobrou que o partido Republicanos defina se estará com o governo ou com a candidatura do governador. Atualmente, a sigla comanda o Ministério de Portos e Aeroportos, chefiado pelo deputado Silvio Costa Filho (PE).