
O corpo de Gerson de Melo Machado, 19 anos, foi sepultado nesta segunda-feira (1º) no Cemitério do Cristo, em João Pessoa, com a presença apenas da mãe e de uma prima. Conhecido como “Vaqueirinho”, o jovem teve uma trajetória marcada por abandono, transtorno mental não tratado e sucessivas falhas na rede de proteção.
Gerson perdeu o vínculo familiar ainda na infância e passou por diversas instituições de acolhimento, sempre rejeitado por causa dos sintomas psiquiátricos. Sem acompanhamento adequado, viveu longos períodos nas ruas, alternando episódios de delírio e momentos de lucidez. Segundo familiares, ele buscava constantemente a mãe e, em várias ocasiões, provocava prisões para ter abrigo e segurança.
Dois dias antes de morrer, procurou o Conselho Tutelar pedindo documentos para tirar carteira de trabalho. No domingo (30), entrou no recinto dos leões no Parque Zoobotânico Arruda Câmara após escalar uma parede e ultrapassar grades de segurança. Ele foi atacado pela leoa Leona e morreu no local, segundo laudo inicial.
A prefeitura abriu investigação e afirma que o parque segue normas de segurança. O Ministério Público da Paraíba também apura o caso. A leoa não será sacrificada.