
União Brasil e PP prometem formar a maior aliança do Congresso, mas a criação da federação entre os dois partidos enfrenta atrasos, divergências internas e trocas públicas de críticas. Embora ambos anunciem o “desembarque” do governo Lula, mantêm cargos estratégicos, como os controlados por Arthur Lira (PP) e Davi Alcolumbre (União), que continuarão ligados ao Planalto.
O governador Ronaldo Caiado (União), único pré-candidato à Presidência pela futura federação, acusou o presidente do PP, Ciro Nogueira, de usar a aliança para tentar ser vice de Tarcísio de Freitas (Republicanos). Nogueira ironizou as críticas e disse que não perderia tempo com “polêmicas vazias”.
Enquanto isso, ministros do União (Celso Sabino) e do PP (André Fufuca) resistem em deixar o governo. Sabino pode ser expulso do partido, e Fufuca deve perder influência no Maranhão. A crise se intensificou após denúncias contra o presidente do União, Antonio Rueda, por suposto envolvimento com uma empresa investigada por lavagem de dinheiro — o que ele nega.
A federação ainda não foi formalmente registrada no TSE, embora o lançamento político tenha ocorrido em abril de 2025. Caso seja aprovada, União e PP deverão atuar como um único partido por quatro anos, seguindo o modelo de outras federações já existentes no país.