
Durante a sessão ordinária realizada na noite desta terça-feira (18), a vereadora Mônica Souza (PT) utilizou a tribuna para abordar a importância do Dia da Consciência Negra, celebrado em 20 de novembro. Em seu pronunciamento, a parlamentar ressaltou que a data “não deve ser tratada como uma simples comemoração”, mas como um momento de reflexão sobre luta, memória e valorização da população negra no país.
A vereadora também mencionou a decisão do Governo da Bahia que instituiu o 20 de Novembro como feriado estadual. Segundo ela, “já deveria ter sido implementado há muitos anos”, destacando a relevância simbólica e política da iniciativa.
Ao lembrar o legado de Zumbi dos Palmares e de figuras históricas da resistência negra, Mônica afirmou que “para mim, este dia é um marco de luta, de memória e de reafirmação política”. A parlamentar reforçou que o preconceito racial ainda se manifesta de diferentes formas no cotidiano e que a busca por equidade deve orientar ações públicas.
Durante o discurso, Mônica Souza parabenizou a Prefeitura de Ipiaú pela implementação de políticas educacionais voltadas à valorização da cultura afro-brasileira, citando a aplicação da Lei 10.639/2003 nas escolas municipais. Ela destacou o trabalho desenvolvido pela Secretaria de Educação e pela equipe pedagógica no cumprimento da legislação. “Elas colocaram a Lei 10.639 em prática no nosso município”, afirmou.
A vereadora também defendeu o fortalecimento de políticas públicas voltadas à juventude negra, incentivo às iniciativas culturais e respeito às tradições de matriz africana. Em sua fala, pontuou que a população negra ainda enfrenta desigualdades e situações de discriminação. “Eu sei o que eu sinto na pele. O lugar de fala é o meu, porque eu sou preta”, declarou.
Em outro trecho, reforçou a necessidade de enfrentamento ao preconceito: “Eu não serei conivente com o racismo, seja ele explícito ou velado”. Ela destacou ainda que continuará cobrando ações que promovam igualdade racial no município.
Mônica encerrou seu pronunciamento afirmando que o Dia da Consciência Negra deve servir como um chamado à ação e reflexão. “Nós somos resistência, nós somos militância e vamos continuar lutando contra o racismo e o preconceito”, concluiu.
** Redação Ipiaú TV**