
Brasília – O Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria nesta quinta-feira (11) para condenar o ex-presidente Jair Bolsonaro pelo crime de organização criminosa. A decisão, tomada no âmbito do julgamento que investiga a suposta trama golpista, marca um momento crucial para o sistema judicial brasileiro.
A Primeira Turma da Corte alcançou um placar de 3 votos a 1 após o voto decisivo da ministra Cármen Lúcia. Agora, resta apenas o voto do ministro Cristiano Zanin, presidente da Primeira Turma, para a conclusão do julgamento. A expectativa é que o resultado final confirme a condenação de Bolsonaro.
A investigação aponta para uma articulação para subverter a ordem democrática e manter o ex-presidente no poder. As provas apresentadas ao longo do processo incluem depoimentos, documentos e dados que sugerem a participação do ex-presidente e de sua equipe em uma organização com fins criminosos.
Além de Bolsonaro, outros nomes de destaque são investigados por sua suposta participação na trama. A lista de réus inclui figuras próximas ao ex-presidente, como o ex-ministro da Justiça Anderson Torres, o ex-comandante da Marinha Almir Garnier, e o ex-ajudante de ordens Mauro Cid.
A condenação de Bolsonaro, caso confirmada, abre um precedente jurídico importante e pode ter implicações significativas para a política nacional, dada a sua influência em setores da sociedade. A defesa do ex-presidente, por sua vez, tem reiterado que não há provas suficientes para a condenação e que a acusação se baseia em motivações políticas.
Lista de réus:
- Jair Bolsonaro: ex-presidente da República;
- Alexandre Ramagem: ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin);
- Almir Garnier: ex-comandante da Marinha;
- Anderson Torres: ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança do DF;
- Augusto Heleno: ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI);
- Paulo Sérgio Nogueira: ex-ministro da Defesa;
- Walter Braga Netto: ex-ministro e ex-candidato a vice na chapa de 2022;
- Mauro Cid: ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.