
A reportagem do Ipiaú TV recebeu um apelo comovente de Marlia Miranda de Souza, filha da paciente Zilda Miranda Mendes, de 67 anos, que se encontra internada há mais de 30 dias no Hospital Geral de Ipiaú (HGI), enfrentando um grave quadro vascular, sem conseguir transferência para uma unidade especializada.
De acordo com o relatório médico emitido pela equipe do HGI, a paciente apresenta histórico de Doença Arterial Obstrutiva Periférica (DAOP), com agravamento recente no membro inferior direito, evoluindo para isquemia crítica e necrose no pé. Zilda também é portadora de hipertensão arterial sistêmica e diabetes mellitus tipo 2, condições que agravam ainda mais o seu quadro clínico. O documento aponta a necessidade urgente de cirurgia vascular para evitar a amputação do membro, recomendação feita desde o dia 17 de julho, mas que até o momento não foi atendida.
No relato enviado à redação, Marlia expressa sua indignação e desespero diante da demora na regulação para outro hospital:
Estou com minha mãe aqui no hospital HGI, onde ela está há 30 dias com problema vascular, e até agora aguardando uma regulamentação, que demora demais. É um descaso total com o paciente. Em 30 dias ela vem se agravando muito, ela é diabética, hipertensa, e está com metade da perna com o pé em necrose. Ninguém faz nada. Já está com mal cheiro na enfermaria, morrendo aos poucos. Pelo amor de Deus, nos ajude, por favor. Ela só tem 67 anos. Entrou aqui andando e agora precisa urgente ser transferida. Está apodrecendo, com mal cheiro… Mas é a mulher que mais amo nessa vida.”
O quadro clínico da paciente é delicado. O laudo indica oclusão difusa de artérias importantes do membro inferior, com evolução crítica da isquemia, o que reforça a necessidade de procedimento cirúrgico imediato. Ainda segundo o relatório, desde o dia 22 de julho, o HGI aguarda resposta da central de regulação do Hospital Ana Nery, em Salvador, para realização da cirurgia vascular, mas até o momento não houve retorno.
A família teme que, sem a transferência e o tratamento adequado, a paciente venha a perder o membro — ou até mesmo a vida. A filha clama por agilidade no atendimento e denuncia a negligência com que sua mãe tem sido tratada. * Redação Ipiaú TV